domingo, 3 de junho de 2012

Leitura agridoce


Numa tarde de Porto de Encontro, vi a Diva entrar na cafetaria do Palácio de Cristal com um livro nos braços. Terminei o meu lanche e fui ter com ela. Quando me aproximei, já estava concentrada na leitura. O romance que a prendia era "A Mancha Humana", de Philip Roth, um livro que um amigo lhe emprestara no seguimento de uma conversa em que citara este autor. A Diva já tinha lido "Teatro de Sabbath" havia cerca de 10 anos, mas nessa altura a prosa de Roth não a marcou particularmente. Desta vez, no entanto, a leitura de "A Mancha Humana" revelou-se uma experiência diferente e embora ainda não tivesse sequer chegado a meio do livro, já podia afirmar convictamente que estava a gostar muito. Considerou a escrita de Roth crua, seca e densa sem ser agressiva, a prosa fantástica sem ser bonita, os personagens muitos bem construídos e a realidade relatada sem floreados, porque a realidade é mesmo assim. Estava a gostar muito, sem dúvida, e no entanto a Diva já sabia que depois de Roth iria precisar de ler algo que a reconciliasse com a vida.

4 comentários:

Vespinha disse...

Gosto muito de Philip Roth, li "Animal moribundo", "Casei com um comunista", "Indignação" e "O complexo de Portnoy". Só não gostei (nada) deste último.

SEVE disse...

"MANCHA HUMANA" grande livro!
Philip Roth - grande escritor!

A não perder.

SEVE disse...

Mais um grande livro dum grande escritor!

Imperdível.

A. F. disse...

Mais um autor de quem nunca li nada. Vou ter de resolver este assunto em breve. E muito provavelmente será com "A Mancha Humana" que o meu irmão já me recomendou vivamente.