Este ano não tive oportunidade de ir à Feira do Livro de Lisboa e quase falhava a do Porto. Entre férias, trabalho e outros compromissos, a única oportunidade que tive de lá ir foi no final da tarde de 13 de junho, dia de Sto. António e de Portugal/Dinamarca no Euro 2012. Quando cheguei à Av. dos Aliados, eram escassos os clientes em redor dos pavilhões. Ali ao lado, na praça D. João I, milhares de adeptos torciam por Portugal em frente a um ecrã gigante e foi graças aos seus festejos que fui seguindo o ritmo dos nossos golos. Dadas as circunstâncias achei que dificilmente encontraria leitores, mas o passeio pela feira rapidamente me provou o contrário.
Foi dentro do pavilhão das Edições Paulinas que vi a Maria Rosa a ler, um hábito que alimenta desde muito pequena. Em Mondim de Basto, onde passou a infância, lia tudo o que lhe ia parar à mãos, inclusivamente os livros dos irmãos mais velhos e, à noite, era a mãe que tinha de lhe apagar o candeeiro a petróleo para que largasse os livros e adormecesse. Na posse destes dados, que a Maria Rosa partilhou de forma generosa, pareceu-me natural encontrá-la ali, no meio de livros, a zelar por eles e a vendê-los. Mais natural, ainda, foi fotografá-la no exercício dessa paixão que é ler, sobretudo quando a obra em questão era "Padre Pio — Um Santo Entre Nós", a biografia de um homem que a Maria Rosa considera ter sido "extraordinário desde pequenino" e que viveu, também com paixão, a sua fé.
Sem comentários:
Enviar um comentário