Vi-a estendida ao sol num pedaço de relva salpicado de florinhas brancas. Ali perto corria o Douro, mas a Ana voltava-lhe as costas. A sua atenção estava completamente focada no "Tratado de Yôga", do Meste DeRose, a mais completa obra de yôga alguma vez publicada. E esta era mais do que uma simples leitura. Era estudo aprofundado, uma vez que a Ana está a preparar-se para ser formadora de formadores de yôga. O yôga entrou na sua vida há dois anos e a experiência transformou-a radicalmente. "Foi como encontrar a minha casa", disse-me ela. E é por esta casa, que tão bem a acolheu e onde se sente em paz, que a Ana vai deixar a sua profissão. Perdemos uma arquiteta, mas o seu sorriso e a serenidade com que assumiu esta opção garantiram-me que ganhamos uma mulher muito mais feliz.
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