É indonésia, está a trabalhar em Londres e aproveitou um fim de semana prolongado para vir conhecer o Porto. Infelizmente, não posso dizer-vos como se chama porque na altura em que tirei a foto (e já foi há algum tempo) andava meio desmiolada e esqueci-me completamente de lhe perguntar pelo nome. E, o pior, é que embora ande a trabalhar na melhoria das minhas capacidades mentais, num post futuro vão poder constatar que não fiz grandes progressos...
Esta simpática viajante estava a ler "The Element", de Ken Robinson, um livro de autoajuda (ou, se preferirem, de desenvolvimento pessoal) que defende a teoria de que todos nós, ao crescermos, esquecemos e deixamos de explorar capacidades extraordinárias de imaginação e criatividade com as quais nascemos, o que faz de nós pessoas menos felizes.
Da breve conversa que tive com esta leitora (irrita-me não poder tratá-la pelo nome!) retive uma pequena confissão: achou embaraçoso ser apanhada a ler um livro daquela natureza em público. Eu ri-me e recorri, mais uma vez e por outras palavras, a um dos Direitos Inalienáveis do Leitor que Daniel Pennac enumerou: o direito de ler não importa o quê.
Não sou grande leitora de livros de autoajuda, é verdade, mas já li uns quantos. E contrariamente ao que muita gente afirma (provavelmente gente que nunca leu nenhum de fio a pavio porque se deixa dominar pelo preconceito), há livros que cabem nesta categoria que estão muito bem escritos, transmitem-nos ensinamentos válidos e podem, de facto, levar-nos a ser pessoas melhores. E que mal tem lermos com o intuito de melhorar? Nenhum, certo?
4 comentários:
Adorei o teu blog. Achei-o simplesmente fantástico!
Tenho um blog ( mais um...) de livros que leio e gostaria de te convidar para fazeres um texto a partilhar a tua experiência, nesta tua conquista de tentares arrancar um sim às pessoas que encontras a ler... Tenho uma rubrica (Ao Domingo com...) onde divulgo autores portugueses ... Nao sei bem se te encaixas aí, mas a criação do teu blog foi realmente um acto único e gostari de divulgar algo teu...porque nao um texto a falares da tua experiência?
Bjinhos e se aceitares procura-me nO tempo entre os meus livros.
Li o livro de Daniel Pennac onde estão os direitos inalienáveis do Leitor. E é verdade, cada um tem o direito de ler aquilo que quer.
Gostei muito do blogue parabéns ;)
Caríssimos Amigos é preciso é ler, dizia-me aqui há uns anos um poeta amigo, nem que seja a Crónica Feminina (conheceram?)...
Nós e o direito de estragar os prazeres dos outros. Coisa antiga. De facto, cada qual lê o que quer e sem perturbar ninguém!
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