Não foi a primeira vez que entrei no alfarrabista que existe na Praça Guilherme Gomes Fernandes, na baixa do Porto, ali entre a Padaria Ribeiro e a Leitaria do Paço. Mas esta última visita foi especial porque atrás do balcão estava a Nair que, com extrema delicadeza e paciência, se dedicava ao restauro de um livro.
A obra em causa era uma primeira edição de "Poemas Para Florbela", publicado em 1950 pela editora Cítara e que inclui textos de diversos autores. No momento em que a fotografei, a Nair estava a lixar muito levemente o livro para limpá-lo, tarefa que também pode ser feita com uma simples borracha. Tudo isto, como me explicou, tem de ser feito com muito cuidado, para não se correr o risco de estragar o livro e desvalorizá-lo comercialmente. Quando estivesse limpo, seria encapado com papel cebola e estaria pronto para ser colocado à venda.
Hoje não vos mostro ninguém a ler, mas dou-vos a conhecer alguém que começou há muito pouco tempo a aprender a arte de restaurar livros para que outros possam lê-los. E achei que a história deste breve encontro merecia ser partilhada convosco hoje, que é Dia Mundial do Livro.
2 comentários:
Parabéns!
Não poderia haver melhor data para tomar conhecimento do seu Acordo Fotográfico. Gostei muito da ideia, do tema e das lindas imagens que você compartilha nesse espaço.
Sou brasileira, vivo em São Paulo, apaixonada por livros. Voltarei sempre.
Obrigada e abraços, da Nanci Sampaio.
Eu ando mesmo a dormir. Nunca reparei neste alfarrabista... como é possível?!
Enviar um comentário