Salvador da Bahia estava cada vez mais perto. Depois de um voo de 10 horas entre Madrid e o Rio de Janeiro faltava uma última viagem, de hora e meia apenas, para regressar à cidade que foi o meu primeiro amor brasileiro. Do outro lado da coxia, perto do meu lugar, sentou-se a Raquel que se dirigia a Salvador para assistir à festa dos 15 anos da sua neta, uma espécie de baile de debutante que, na América do Sul, é um evento muito importante na vida de uma jovem mulher e da sua família. A viagem da Raquel já tinha começado em São Paulo, onde vive, e a leitura pareceu-lhe uma boa forma de ocupar essas horas vagas. Tinha consigo "Ilusões", de Richard Bach, um livro que o marido já tinha lido e recomendado. Deste autor, a Raquel recorda ter lido "Fernão Capelo Gaivota" há muitos anos, quando era adolescente, mas admite que não é o estilo literário com que mais se identifica. Os livros de que a Raquel gosta mesmo são os que contam histórias verídicas e dentro desse género aquele que mais a marcou foi "Cisnes Selvagens".
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Salvador da Bahia was getting closer. After a 10 hours
flight between Madrid and Rio de Janeiro I had just one more journey ahead, of
only one hour and a half, to return to the city that was my first Brazilian
love. Across the aisle, near my seat, was Raquel heading to Salvador to be at
her granddaughter 15 years old party, a sort of debutants ball, that in South
America, is a very important event in the life of a young woman and her family.
Raquel's journey had begun in São Paulo, where she lives, and reading seemed a
good way to occupy those free hours. She Richard Bach’s “Illusions" with
her, a book her husband had read and recommended. From this author, Raquel
remembers reading “Jonathan Livingstone Seagull" many years ago, when she was a
teenager, but admits that it isn't the literary style she most identifies with.
The books Raquel really likes are the ones which tell true stories and the one which struck her the most was "Wild Swans".
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