domingo, 25 de agosto de 2013

Rui & Miguel Sousa Tavares


Na empresa onde trabalho há uma cantina e nessa cantina não é fora do comum encontrar colegas a ler. Só nunca tinha tido a coragem de pedir uma fotografia porque, enfim, conheço a maior parte das pessoas que lá estão à hora do almoço e a verdade é que me dá uma certa vergonha. Mas aí há dias decidi pôr os pudores para trás das costas e atrevi-me a pedir a primeira foto ao Rui, que estava a ler "Madrugada Suja", o último romance de Miguel Sousa Tavares, enquanto esperava a sua vez de ser servido. O Rui explicou-me que gosta do autor, gosta de ouvi-lo falar na televisão e gosta de ler as suas crónicas na imprensa, por isso sentiu muita curiosidade em ler o seu último livro. E, pelo que pude perceber, não estava nada desiludido. Contou-me, ainda, que é leitor habitual. Durante muito tempo, enquanto foi professor, teve mais apetência por livros técnicos, mas nunca deixou de parte os romances. Quando lhe perguntei se houve algum livro que o tenha marcado particularmente, respondeu sem hesitar "Os Maias", que leu aos dezasseis anos e adorou. 

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At the company where I work there is a cafeteria and in that cafeteria it is not unusual to find coworkers reading. Only I never had the courage before to ask for a photo because I know most of the people that are there at lunch time and the truth is I feel a bit embarrassed. But a few days ago I decided to put all that behind my back and I dared to ask the first photo to Rui, who was reading "Madrugada Suja", the recent novel by Miguel Sousa Tavares, while waiting for his turn to get served. Rui explained to me that he likes the author, likes to hear him speak on TV and likes to read his chronicles on the press, so he was very curious about reading his latest book. And, for what I can tell, he wasn't at all disappointed. He also told me that he is a frequent reader. For a long time, while he was a teacher, he would prefer technical books, but never left the novels aside. When I asked him if there was any book that impressed him deeply, he answered without hesitations "The Maias", by the Portuguese author Eça de Queirós, which he read at sixteen and loved.
Translated by Marisa Silva

2 comentários:

Vespinha disse...

Emprestado à minha mãe e ainda não o li...

A. F. disse...

No meu caso, foi a minha mãe que me emprestou o dela. Li-o em 3 dias quando fui de férias para Portimão. Gostei muito. Não me tocou tanto quanto o Equador" ou o "Rio das Flores", mas não pude deixar de ficar agarrada à história.