quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Diana, a menina da caracterização
Diana, the make up girl


Julgava que para aparecer na televisão bastaria apresentar-me de cabelo e rosto lavados. Sabia que seria maquilhada, mas nunca imaginei que tivesse de ser penteada também. Acontece que a TV moderna tem os seus caprichos. O cenário do Bom Dia Portugal não existe. Quando se entra no estúdio da RTP, tudo o que se vê são paredes verdes, designadas por chroma, nas quais são projetadas as imagens dos cenários virtuais. E, ao que parece, este chroma é muito sensível e qualquer cabelinho rebelde pode interferir seriamente no cenário, criando efeitos psicadélicos nos televisores dos espetadores. Eram, portanto, 8h da manhã quando me entreguei às mãos da Diana, que me sentou em frente a um grande espelho ao estilo camarim da Broadway, para me esticar o cabelo. Muito direita na minha cadeira, vejo pelo canto do olho um livro pousado sobre um banco. "Está a ler aquele romance?", perguntei. "Ainda não", respondeu, "mas devo começar hoje". Contou-me a Diana que há uns cinco ou seis anos não tinha o hábito de ler. Até ao dia em que alguém lhe recomendou a saga "Crepúsculo", de Stephenie Meyer, e ela decidiu aventurar-se. "De lá para cá nunca mais parei de ler. Fui descobrindo outros autores e também outros géneros literários". Fantasia, romances, romances históricos, policiais e histórias verídicas estão entre os estilos que prefere e aponta Nora Roberts como a autora de que gosta mais até ao momento. "É fácil de ler e as histórias são muito cativantes", explica. E rematou a conversa acrescentando com orgulho que para além de "Divina Por Engano", ainda tinha em casa uma prateleira cheia de livros por estrear. Sorria ao antecipar o prazer de lê-los.


***

I thought to be in TV I would have to show up with a clean face and a washed air. I knew they would do my make-up, but I never thought they would also do my hair. The fact is modern TV has his whims. The set of Bom Dia Portugal does not exist. When we walk in the RTP studio, all we can see are green walls, named as chroma, where the images of virtual scenarios are projected. And, it seems that this chroma is very sensible and any rebellious little hair may even seriously interfere in the scenario, causing psychedelic effects on the viewer’s television set. So, at eight am I surrendered to the hands of Diana, who sat me in front of a big mirror Broadway dressing room style, to straighten my hair. Sitting very straight I saw through the corner of my eye a book on a bench. "Are you reading that novel?", I asked. "Not yet", she answered, "but I should start today". Diana told me that about five or six years ago she didn't have the habit of reading. Until the day someone recommended the "Twilight" saga, by Stephenie Meyer, and she decided to adventure herself. "From then on I never stopped reading. I found out other authors along the way and also other literary styles". Fantasy, novel, historic novels, thrillers and true stories are among the styles she prefers and elects Nora Roberts as the author she so far likes most. "It is easy to read and the stories are very catchy", she explains. And ended the conversation proudly adding that besides "Divine by Mistake", she still has at home a shelf full of books to start reading. She smiled anticipating the pleasure she would experience reading them.
Translated by Marisa Silva

2 comentários:

Ivone Sá disse...

Boa tarde! Gostei muito da sua entrevista dada à RTP1 - vi-a num sábado de manhã! Gostei muito de conhecê-la. Já a conhecia através do seu blogue do qual não perco nem um post. Como também adoro ler - despertou-me a atenção o seu blogue. Continue sempre a fazer este trabalho maravilhoso! Bj

Rafael disse...

Sandra,
parabéns pela iniciativa do projeto. Não é fácil realizar nossos sonhos mais fortes. Sorte na empreitada e estarei do lado do além-mar aguardando suas postagens